
Permanece aqui, teu
não
Cravado a ferro e flor
diante do que a respiração não sana.
Precisar de mãos é pouco,
é pouco precisar de fogo e pão.
Correr é muito pouco diante da separação.
Será preciso mudar de país,
devolver as fronteiras à imaginação,
recolher o que ficou pelas bordas dos ossos.
Retornar a infância pra esquecê-la,
recorrer ao atalho pela ausência.
Expulsar os demônios pelo sótão e
ainda ter forças para arrumar as malas.
Já não me pertenço para amá-la.
Agradeço as traças que foram fieis
aos passos.
Ao ver asas no bafio
do que ficou velado.
Pois partir já não posso.
Não assim,
com a morte entre as vísceras.