
Permanece aqui, teu
não
Cravado a ferro e flor
diante do que a respiração não sana.
Precisar de mãos é pouco,
é pouco precisar de fogo e pão.
Correr é muito pouco diante da separação.
Será preciso mudar de país,
devolver as fronteiras à imaginação,
recolher o que ficou pelas bordas dos ossos.
Retornar a infância pra esquecê-la,
recorrer ao atalho pela ausência.
Expulsar os demônios pelo sótão e
ainda ter forças para arrumar as malas.
Já não me pertenço para amá-la.
Agradeço as traças que foram fieis
aos passos.
Ao ver asas no bafio
do que ficou velado.
Pois partir já não posso.
Não assim,
com a morte entre as vísceras.
6 comentários:
o começo tá genial!
o "não" de ladinho no texto gera uma dualidade sonora!
abração!!!!!
É sempre muito bom ver esse corpo de baile se mecher na dualidade dos sentidos poéticos.
Terno abraço,
Samir Raoni
Que belos traços semânticos, sobre a tentaiva de reter momentos que já foram, de tentar fazer da poerização um corpo vivo.
Consgui fazer o meu blog. eheh
Por favor, frequente-o.
Abrços!
Magnifico!
Ola...
Vi seu comentário no meu blog, gostaria de agradecer e dizer o mesmo do seu...cada um mais lindo e intenso que o outro.
Parabéns!!!
Esse texto de muitas formas me tocou e me fez enxergar o que vivo e o que há em mim.
Perfeito!
Beijos
Saiba, que entrei aqui pela metade... do rosto. Parabéns, muito boa escrita! Abração!!!
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