quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Um Canto



Uma escola abandonada...

as flores
desabrocham
sem beijos

A chuva que alaga a memoria...

as flores
levedam
os caminhos

Trago o ouro e o mel...

as flores
engolem
o firmamento

2 comentários:

Anônimo disse...

bravo...como não pensar em Rilke e suas "baladas" a orfeu. como não sonhar demasiado com as flores despertando os seres, tornando-os poéticos...

Daiane Gasparetto disse...

A esperteza das flores está na simplicidade da germinação sem a presença do toque, pois elas alcançam todo o espaço em crescimento por meio da precisa água guardada na lembrança de cada pétala.

Ao te ler, André, percebi o motivo disso tudo ser uma escola abandonada... pois o que existe de forma inteira independe da instrução.