quinta-feira, 17 de julho de 2008

O poeta dançarino fala sobre o amor...


Caro leitor, permita-me compartilhar, com imensa alegria, do cantar de um poeta dançarino, que também é música silenciosa, cujos versos iluminaram e iluminam a reflexão sobre o outro, sendo fonte incessante de mistério e deleite poético. Trata-se de um dos maiores poetas místicos que humanidade vislumbrou: Rumi, ou Mawlānā Jalāl-ad-Dīn Muhammad Rūmī.



Rumi nasceu onde hoje é o Afeganistão e morreu na Turquia, em 17 de dezembro de 1273. Acreditava que o exercício do amor era essencial para o amadurecimento e aperfeiçoamento dos seres humanos. Pregava a tolerância, a bondade, a paciência, a calma e a compaixão incondicionais.



Eis um gostinho de Rumi para iluminar este blog:



Vem.

Conversemos através da alma.

Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.

Sem exibir os dentes,

sorri comigo, como um botão de rosa.

Entendamo-nos pelos pensamentos,

sem língua, sem lábios.

Sem abrir a boca,

contemo-nos todos os segredos do mundo,

como faria o intelecto divino.

Fujamos dos incrédulos

que só são capazes de entender

se escutam palavras e vêem rostos.

Ninguém fala para si mesmo em voz alta.

Já que todos somos um,

falemos desse outro modo.

Como podes dizer à tua mão: "toca",

se todas as mãos são uma?

Vem, conversemos assim.

Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.

Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.

Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.

Vem, se te interessas, posso mostrar-te.





2 comentários:

Anônimo disse...

It could challenge the ideas of the people who visit your blog.

Unknown disse...

Como o amor revelado no buquê...as palavras buscam alcançar a exatidão do sentimento....
Suas palavras tocam aquilo que de mais belo possa existir...a sensibilidade na simplicidade...
Viva os jardins da emoção!! Cuide sempre deles por nós...